A velha ao meu lado tem a fralda cagada,
Estou preso a esta assento, mortalha
Entro em apneia. Respiro!
Perco a batalha...
Conversas triviais ao telemóvel,
No banco de trás do transporte
Palavras avulsas que me obrigo a ouvir, num desatino,
Por imposição de um tom de voz desproporcional á situação,
O resto é indecifrável,
Um misto atabalhoado de sons
Não percebo crioulo,
À minha frente um intenso ataque de tosse
Convulsões, espirros, fungadelas
Todo um misto de doenças à la carte,
Entro as fezes da velha e a doença
Reparto esta apneia,
Esta teia,
Chega a minha vez
Stop! Parto. Respiro.
A cidade é minha aldeia
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