De que me vale ter os dias
Nas noites que são sem fim
Ao cabo das horas que passam
nas danças que danças sem mim
Onde se afiam as línguas já gastas
No tempo que dura o presente
Prisão das horas madrastas
Cliché de um futuro ausente
Onde se larga então o passado?
Mar turbulento em teus caracóis
Onde ainda me perco e afogo
Onde naufragámos os dois
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