De Anónimo a 8 de Julho de 2009 às 01:36
(...) e muita sorte ainda haver caixões com esta crise..
Mas uma coisa é certa.. Aproveita enquanto estás vivo porque vais passar muito tempo morto !!!
Cumps (docinhos para te alegrar o dia(ou o resto da noite))
;D
De Alguém a 8 de Julho de 2009 às 09:34
O coveiro está apenas a fazer o seu trabalho...
De
Mr Anger a 13 de Julho de 2009 às 15:47
Alguém,
Bem... essa frase consegue ser extremamente profunda... foi propositado ou só pensou na situação em si (do coveiro) ?!
Vá... e seja sincera... senão eu choro :D
Mr Anger (o Carpobrotus Edulis)
De Alguém a 13 de Julho de 2009 às 16:06
Foi propositado, Mr. Anger.
Enterrar alguém ou alguma coisa é, já de si, difícil. "It's a dirty job, but someone has to do it"...
Será isto agora uma metáfora? Não sei, diga-me você Mr. Anger! :D
De heidi a 8 de Julho de 2009 às 10:47
Culpar? porquê? se fomos nós que lhe demos autorização para ele actuar...
De
Mr Anger a 13 de Julho de 2009 às 15:50
Cara Heidi,
Muito bem, a sintonia é uma coisa bonita :D
Obrigado :)
Mr Anger
De Imperdoavelmente CULPADA a 8 de Julho de 2009 às 16:01
Caro Mr. Anger,
Que paradoxo. Que paradoxo.
Nunca me passaria pela cabeça culpar (condenar) um coveiro por me enterrar.
Estou perplexa, estou na dúvida se o Mr. anger queria mesmo usar a palavra "coveiro" ou se não se enganou e as palavras correctas não seriam antes: "carrascos", "verdugos" "algozes" ou "sádicos"? Refere-se àqueles que nos tentam enterrar vivos?
É que culpar coveiros não me faz qualquer sentido...
E depois de morta culpar carrascos e verdugos também não!
Culpada me assumo, mas enquanto viva.
Mr. Anger, eu logo à nascença tive o privilégio de herdar com um generosíssimo dote de culpas. Para além do pecado original, desde cedo me foram sendo averbados no "curriculum vitae" mais centenas de interessantíssimos pecados judaico-cristãos.
Comecei logo por ter a culpa de ter nascido (Isto, desculpe, não posso explicar melhor). Depois, cedo, me fui apercebendo de ser culpada por ter todos os defeitos dos meus familiares e como se não bastasse essa riqueza pecaminal "carinhosamente, com todo o afecto" inventaram-me uma diversificadíssima lista pecados, muito específicos e especiais, só para mim. Uma ternura!
A Culpa faz-me viajar ao passado...
Recordo-me, com humor, que aos oito anos, idade em que quer quisesse quer não, era obrigada por zelosos e angelicais pinguins do pólo Antártico, perdão, queria dizer freiras, fiéis e puríssimas noivas de Cristo, a confessar-me semanalmente: Culpada, Sempre Culpada!
Nem imagina o tempo que eu investia, às 6ªfeiras, a inventar um rol de pecados, com a devida antecedência, (nesse ano, nada a este respeito, era deixado ao improviso) só para entreter o padre.
O dito cujo atribuía-me penitências desmesuradas (mesmo tendo em conta os pecados cuidadosamente inventados...) e infindáveis que eu, sem fé, mas cheia de culpa, me recusava a cumprir.
Na hora da comunhão, ia receber o corpo de Cristo, cheia de culpa por não sentir fé, por ter enganado o padre, pela impureza acrescida de nem sequer ter cumprido as penitências.
Sim, sim, Mr. Anger não duvide, tenho todas as culpas que há mundo. Imagine só que até tenho a culpa de sentir culpa pelo que fiz e pelo não fiz.
Culpada me assumo. Imperdoavelmente CULPADA!
(Depois de morta, perdoe-me Mr. Anger, perdoe-me, se eu não culpar seja quem for, nem a mim própria... ).
Já agora, desculpe a ingenuidade da pergunta... Acredita que os mortos sentem??? Até parece!
Saudações cordiais! :D
De AUFDERMAUR a 9 de Julho de 2009 às 15:33
Lamento ir contra a corrente mas actualmente parece que deixaram de haver campos neutros e meios termos, só há dois lados da barricada: os que encaram a religião (nomeadamente o Cristianismo) como um bicho papão que está na origem de todos os males, e os outros que a defendem quase ao fanatismo. Os primeiros acham-se muito cool e mais inteligentes que os outros enquanto que os segundos se acham melhores que todos os outros, pecadores!
Lamento, eu sou uma pessoa com opiniões próprias e tenho uma ligeira aversão a grupinhos. Eu andei numa instituição religiosa desde os meus três anos até terminar o meu 6º ano e, surprise surprise, ADOREI! Na verdade, foi a minha instituição de ensino preferida! Tinha normas um bocado rígidas mas nada que me traumatizasse ou que me impedisse de lá ter sido MUITO FELIZ! É verdade que me bateram várias vezes com uma violência um pouco despropositada para crianças daquela idade. Mas, para além de eu estar habituada a bem pior, admito que no final até me divertia com a minha melhor amiga (batiam-nos sempre ao mesmo tempo, I wonder why) quando íamos a correr para as nossas mesas pôr as mãos nos nossos estojos de lata para aliviar as dores. Serei masoquista? Não tínhamos que ir à missa nem confessar-nos todas as semanas. Antes de almoçar dizíamos a nossa oração e no mês de Maio ia uma irmã à nossa sala ler uma história da Bíblia e rezar um terço connosco. E todas as Sextas íamos à capelinha que havia no colégio, assistir à missa. E numa dessas Sextas cometi uma heresia grave: tinha 9 anos e estava vestida com a bata e umas calças e cruzei as pernas na igreja. E levei logo uma violenta estalada na cara, ao som de "Isso são modos de estar na Igreja?". São as regras delas e cabe-nos a nós respeitá-las enquanto lá andamos e, quando saímos, decidir se as queremos ou não adoptar na nossa vida! Claro que eu não as respeitei sempre enquanto lá andava. Sempre achei uma idiotice proibirem-se de ir a casa quando eu morava em frente, era só atravessar a rua. Saí de lá muitas vezes às escondidas:) Uma vez quis faltar a uma aula e fingi que me estava a sentir mal. Estava certa que me iam deixar ir para casa mas, em vez disso, mandaram-me ir descansar para o quarto de uma das irmãs:( Até tive medo daquele quarto:( Odiava o lanche! O único leite que consegui beber foi quando a minha mãe me amamentou, tudo o resto dá-me vómitos! Então leite com natas a boiar no cimo da chávena! Rapidamente desenvolvi uma técnica: chegava e escondia-me atrás da porta à espera que alguém acabasse de lanchar enquanto a empregada estava na cozinha. Aí ia a correr para aquele lugar e, quando a empregada chegava, levanta-me e dizia "O lanche estava mesmo bom":) Eu tinha mil e uma técnicas para contornar as regras que me incomodavam. E claro que ser boa aluna e ter uma carinha de anjinho ajudam sempre a safar-nos:) Basta ver que quando eu e a minha melhor amiga puxamos o véu de uma das irmãs porque achavamos que ela lá escondia alguma coisa, cada uma puxou do seu lado e ficamos as duas de castigo. Mas quando as nossas mães nos foram buscar, a dela ouviu que a filha era uma desordeira, mal comportada e a minha ouviu que a filha era muito boa menina, bem comportada mas a melhor amiga era uma má influência, estava sempre a levar-me por maus caminhos:)
Conclusão: ADOREI, FUI MUITO FELIZ! Ao ponto de, num dia em que o meu pai saiu mais cedo do trabalho e me foi buscar, eu andei a esconder-me dele e da irmã que andavam à minha procura:) O meu pai jurou que nunca mais me ia lá buscar já que eu preferia lá ficar a ir para casa:) Sim, é possível ser FELIZ nestas instituições! E se estão a pensar que eu sou super religiosa, bem comportada e certinha... não podiam estar mais longe da verdade:)
De Imperdoavelmente CULPADA a 10 de Julho de 2009 às 01:33
Cara AUFDERMAUR,
Passei por variadas instituições religiosas (uma diferente por ano). A que mencionei (onde estive dos 8 aos 9 anos) no meu comentário, nem sequer foi em Portugal. Pessoalmente, odiei a experiência. A fé sente-se ou não se sente... e não é à força de castigos sádicos que se conquistam fiéis (senti/sinto eu...).
Não vejo apenas dois lados da barricada. Há muitas "nuances" nestas coisas das crenças.
Muitos crimes contra a humanidade foram e têm sido cometidos em nome de Deus/Deuses.
Respeito quem tem fé, de verdade.
Deve ser excelente sentir fé.
De AUFDERMAUR a 12 de Julho de 2009 às 17:41
Cara Imperdoavelmente CULPADA
Concordo completamente com o que escreveu! Sou completamente contra qualquer tipo de fanatismo e completamente a favor da livre escolha!
Eu tenho fé! Nem sequer é uma questão de acreditar ou não, é uma questão de saber. Já tive provas disso e não, não falei com Deus nem tenho visões nem nada desse género. Eu fui educada na fé católica mas não sei se o Deus que eu sei que existe é o que se estuda no Catolicismo. Eu sei que há algo ou alguém. Se é o Deus católico ou outro Deus, isso já não sei porque, como eu disse, nunca o vi nem falei com ele!
De heidi a 13 de Julho de 2009 às 11:46
Acho que todo o tipo de religião foi criada para se controlar melhor o ser humano. Colocar os tais limites morais e amorais. Numa vertente paternal castigadora, encontra-se a religião católica. Onde os seus dirigentes, se singram pela velha máxima do "faz o que eu digo, mas não faças o que eu faço" senão vais parar ao inferno... ou ao limbo... ou whatever. Tudo o que não esteja consagrado nos seus dogmas... é pecado. Pois claro. E se isso acontece... o nexo de causalidade previsto é a culpa. Com agravantes ou sem eles... a solução final decretada será a castração mental do arguido.
De mia a 8 de Julho de 2009 às 17:10
A culpa é coveira. E não condeno quem ela enterra.
...Questão controversa é saber se quem está dentro do caixão está porque quer. Se assim fosse seria culpado.
Mas parece-me que é a culpa que o "mata" e como ninguém a contrata de livre vontade...
Por outro lado, quem a "contrata" não consegue demiti-la e paga caro por ela, o que me leva a concluir que o for enterrado deve ser desculpado (se possível, antes de o ser).
De
Mr Anger a 13 de Julho de 2009 às 15:43
Cara Mia,
A isto sim chama-se raciocinar, gostei ;)
Obrigado pela partilha!!
Mr Anger (lovely monday)
De AUFDERMAUR a 9 de Julho de 2009 às 15:40
Se eu tiver que culpar alguém, culpo-me a mim mesma, claro! Ou não fosse eu o meu próprio coveiro! Ninguém me consegue enterrar melhor do que eu a mim mesma:) :(
Mel
De
Mr Anger a 13 de Julho de 2009 às 15:44
Mel,
(não é preciso dizer nada)
Gostei e obrigado :)
Mr Anger
De Isa_ a 10 de Julho de 2009 às 13:03
... brain wash... brain wash... brain wash... brain wash...
culpar os outros é igual a culpar-se a si mesma, entao n culpes ninguem!!!
De
Mr Anger a 10 de Julho de 2009 às 19:57
Cara Isa,
Não gosto de brainwashes... posso trocar por uma brainstorm ?
Senão quero o meu dinheiro de volta :D
Mr Anger
De AUFDERMAUR a 12 de Julho de 2009 às 17:55
Isa
O ser humano é racional, procura sempre a razão das coisas, os culpados, as vítimas, os cúmplices... Há uns que atiram sempre as culpas para os outros e há aqueles que sentem que carregam todas as culpas do Mundo às costas...
De Pat a 16 de Julho de 2009 às 09:58
HUMHUM quantas vezes nos enterramos a nós proprios?mas não estamos bem mortos só desmaiados...e algures no fundo da cova vemos uma pedra pela qual subir...
Lovers Rock
I am in the wilderness
You are in the music
In the man's car next to me
Somewhere in my sadness
I know I won't fall apart completely
When I need to be rescued
And I need a place to swim
I have a rock to cling to in the storm
When no one can hear me calling
I have you I can sing to
And in all this
And in all my life
You are the lovers rock
The rock that I cling to
You're the one
The one I swim to in a storm
Like a lovers rock
When I need to be rescued you're there
When I need a place to swim to in a storm
I sing to you
And all my life
And in all my life
Sade
Pat (olha para mim toda optimista hein!?Nao se habitue!:)
De complicadinha a 27 de Julho de 2009 às 13:52
É como um mau jogador queixar-se que o defeito é da bola... : )
De
Mr Anger a 29 de Julho de 2009 às 11:42
Complicadinha...
Mas nunca nas respostas (pelos vistos)... gostei :)
continue assim descomplicada e volte mais vezes ;)
Mr Anger (M)
De complicadinha a 29 de Julho de 2009 às 15:39
Voltarei!! E sim... o nome está a ficar obsoleto!! ; )
De
Mr Anger a 30 de Julho de 2009 às 03:18
Cara Complicadinha,
Se for "vintage" e de bom gosto... "mim gostar muito" :D
Mr Anger
De AUFDERMAUR a 17 de Agosto de 2009 às 16:54
Estive ausente durante uns tempos e, agora que regressei, deparei-me com um blog digno do seu nome "Mr Anger"... Deste modo, este comentário não é relativo a este post mas sim a todos os comentários que aqui têm surgido ultimamente. Não é para ninguém em especial nem tem nenhum significado oculto, é apenas o comentário que me apeteceu deixar como resposta ao que li...
http://www.youtube.com/watch?v=VQn0VxSjGDk
"You had something to hide
Should have hidden it, shouldnt you
Now youre not satisfied
With what youre being put through
Its just time to pay the price
For not listening to advice
And deciding in your youth
On the policy of truth
Things could be so different now
It used to be so civilised
You will always wonder how
It could have been if youd only lied
Its too late to change events
Its time to face the consequence
For delivering the proof
In the policy of truth
Never again
Is what you swore
The time before
Never again
Is what you swore
The time before
Now youre standing there tongue tied
Youd better learn your lesson well
Hide what you have to hide
And tell what you have to tell
Youll see your problems multiplied
If you continually decide
To faithfully pursue
The policy of truth
Never again
Is what you swore
The time before
Never again
Is what you swore
The time before"
PS- Há boas (para mim, excelentes) notícias para todos aqueles que aqui manifestaram a sua tristeza e desilusão aquando do cancelamento do concerto dos DEPECHE MODE no Super Bock Super Rock :) Dia 14 de Novembro, Pavilhão Atlântico :) Esta notícia foi a prenda de aniversário que o Mr Martin Gore me deu :)
Mel (DEPECHE MODE DEVOTEE)
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