Se te apetece comer laranjas porque raio insistes em trincar limões!? Sabes bem que é um erro julgar todos os citrinos como iguais... sobretudo se lhes conheces o sabor... se sabes que o sumo da laranja bebe-se bem com Vodka, a Tequila com metades de fatia de limão...
Se te apetece ficar porque foges agora ? Logo agora ?! Existirão sempre milhares de comboios, barcos, chinelos, autocarros e aviões para te levar longe daqui, garanto-te...
Partilhas um copo comigo ?
"Ladies and gentlemans, Mr Morrissey"
YOU HAVE KILLED ME - "Ringleader of the Tormentors"
Morrissey - Morrissey / Tobias
Pasolini is me, 'Accattone' you'll be, I entered nothing and nothing entered me, 'Til you came with the key, And you did your best but... As I live and breathe, You have killed me, You have killed me, Yes I walk around somehow, But you have killed me, You have killed me
Piazza Cavour, what's my life for?
Visconti is me, Magnani you'll never be, I entered nothing and nothing entered me, 'Til you came with the key, And you did your best but... As I live and breathe, You have killed me,
You have killed me, Yes, I walk around somehow, But you have killed me, You have killed me
Who am I that I come to be here...?
As I live and breathe, You have killed me, You have killed me, Yes I walk around somehow
But you have killed me, You have killed me, And there is no point saying this again, there is no point saying this again, But I forgive you, I forgive you, Always I do forgive you...
Nota: O "Live" do vídeo é apenas pela presença física no palco, porque na verdade, é Carlos Paião "Mode On" (Em playback!! em playback!!), mas é o Morrissey, e nós desculpamo-lo :)
Hoje o dia está bom... Bombeiro, nunca foi uma profissão que quis ter... Terrenos, devia ter investido e fiz mal... Malucos, o que todos julgamos ser... Sereias, nunca vi nenhuma nem nunca gostei da figura em si... Sinais de trânsito, ora aí está uma coisa que gosto, especialmente dos que estão cravados de stickers de surf, ou que estão marcados pelo tempo... Temporais, e os saudosos filmes no sofá enrolado num cobertor contigo...
E pronto, lá se vai o meu raciocínio... outra vez.... Por mais que o ocupe, por mais que tente, porque tudo acaba sempre assim... sempre em ti... finjo e fujo como um rio que se quer longe do mar, serpenteando por entre os vales, fugindo do seu destino, tentando abrigar-se em terra, atirando-se do alto, formando uma cascata, querendo a todo o custo encontrar uma barragem que lhe pare o movimento, que o deixe respirar, descansar, mas não... não há barragens nem buracos onde se esconder – volto sempre a ti – volta sempre ao mar... e se em ti não tenho o meu lugar, então que seja o mar a minha casa...
... que Deus e o Diabo me façam de parvo eu aceito, mas não me faça eu tolo de mim... as coisas podem estar mesmo à nossa frente...e mesmo assim não as conseguirmos ver... shiuuu!! ;)
Um dos maiores erros da vida é pensarmos que alguém precisa de nós... outro é pensarmos que não precisamos de ninguém...
(Salve uma vida, adopte um animal... mas esqueça as pessoas, elas auto-mutilam-se e depois dizem que a culpa é sua)
SOMEBODY TO LOVE - "A Day At The Races"
Queen - Freddie Mercury
Can anybody find me somebody to love?
Each morning I get up I die a little
Can barely stand on my feet
Take a look in the mirror and cry
Lord what you're doing to me
I have spent all my years in believing you
But I just can't get no relief, Lord!
Somebody, somebody
Can anybody find me somebody to love?
I work hard every day of my life
I work till I ache my bones
At the end I take home my hard earned pay all on my own -
I get down on my knees
And I start to pray
Till the tears run down from my eyes
Lord - somebody - somebody
Can anybody find me - somebody to love?
(He works hard)
Everyday - I try and I try and I try -
But everybody wants to put me down
They say I'm goin' crazy
They say I got a lot of water in my brain
Got no common sense
I got nobody left to believe
Yeah - yeah yeah yeah
Oh Lord
Somebody - somebody
Can anybody find me somebody to love?
Got no feel, I got no rhythm
I just keep losing my beat
I'm ok, I'm alright
Ain't gonna face no defeat
I just gotta get out of this prison cell
Someday I'm gonna be free, Lord!
Find me somebody to love
Can anybody find me somebody to love?
Este Quiz não tem finalidades educativas ou militares!!
1) Tu aí!! ________ (escolhe uma letra)
A) Amo-te!! - não chamo por "tu aí!!" uma pessoa que amo ;)
B) Odeio-te!! - não odeio ninguém
C) Fode-te!! (X) - ou coisa pior...
D) Queres saber a verdade sobre aquela dor que sentes dentro do peito ?
nem a uma pessoa que quero ajudar :)
2) O que pode ser ouvido na música "Space Oddity" (David Bowie) depois de ele cantar:
"...tell my wife i love her very much..." (...digam a minha mulher que eu a amo muito...)
A) She's a Bitch / (Ela é uma cabra/puta)
B) She loves me too / (Ela ama-me também)
C) She knows! / (Ela sabe!) (X) - Claro que sabe...
D) She give me cocaine and LSD for lunch! / (Ela dá-me cocaína e LSD ao almoço)
3) Que tipo de ___________ vive dentro de ti ? (Escolhe uma letra)
A) Monstro
B) Medo
C) Esperança
D) Pessoa (X) - Escolhe um dos heterónimos do Mestre (ou o ortónimo)
4) Escolhe o teu álbum de Led Zeppelin favorito
A) I
B) II
C) III
D) IV
E) Quem ?
F) Todos (X) - Embora o I e o II sejam os que mais vezes oiço...
G) Porque razão esta é a 4ª pergunta e tem mais alíneas que as restantes 4 ?
5) O que pode ser ouvido na famosa música de Rui Veloso, onde ele canta:
"...disseste que se eu fosse audaz, tu tiravas o vestido..."
A) mas afinal depois disseste que não podias porque estavas com o período
B) e tiraste e o pessoal todo que estava connosco em tua casa bateu palmas
C) e o prometido é devido (X) - Para certas bestas não...
D) mas eu nem precisei de ser audaz, tu adiantaste-te
(Já me fazia falta esse teu sorriso
Custava vivê-lo só ao recordar
Fazia-me falta teu porto de abrigo
Os corpos fundidos num só abraçar)
Já vinhas!
Vieste?
Fazias-me falta
Não sei se soubeste
Não sei se me ouviste
Nas noites baixinho
Sentado na praia
Esperando sozinho
Perdi-te!
Voltaste?!
Será que vieste
Ou nem o tentaste?
Talvez fosse cedo
E não tenhas esperado
Ou chegaste tarde
E eu já noutro lado
Fugiste?
Esqueces-te?
Senti-te por perto
Mas tu não cedeste
Sem olhos brilhantes
Nem peso dos beijos
Sem risos nem choros
Matando os desejos
Chegaste!
Foi duro?!
Esquecido o passado
Rasgando o futuro
Contigo a meu lado
Num beijo só nosso
O toque dos lábios
Molhados,
Sedosos,
Sedentos de nós,
Bocas ofegantes
Que se querem juntas
Como nunca antes
Teu corpo, meu corpo
No abraço de sempre
Amor, meu amor...
Só importa o presente
E (o) amor... mudaste ?!
Que importa...
Ainda bem que voltaste
WISH YOU WERE HERE - "Wish You Were Here"
Pink Floyd - Gilmour/ Waters
So, so you think you can tell
Heaven from Hell,
Blue skies from pain
Can you tell a green field
From a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?
Did they get you to trade
Your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
Did you exchange
A walk on part in the war
For a lead role in a cage?
How I wish, how I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl,
Year after year,
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears
Wish you were here
Quem julga que sabe tudo engana-se mais vezes do que quem não sabe nada...
As palavras que são ditas hoje
Podem ser as mesmas de sempre
As tuas de ontem sem esforço
Eram de outros presentes
Palavras assim indigentes
Sem sentido não valem nada
De nada servem ser usadas
Plagiadas com indiferença
As palavras não são doença
São fluxo dos nossos sentidos
Que transformam os choros em gritos
E as alegrias em silêncios
As palavras são os momentos
Imagens daquilo que pensas
Não mostram só o que é dito
Buscas ou coincidências
Pobres palavras de amor
Prostituídas sem nexo
Como se fossem só sexo
Palavras belas tão sujas
Percebo agora desperto
Bonitas palavras maduras
Pensava serem só minhas
Mas que nunca foram só tuas
De nada nos servem procuras
No fim somos sempre quem somos
As palavras serão sempre belas
E as pessoas... pessoas
Jorge queria amar, sempre quis amar, e desde novo acreditava que o amor era o sentimento mais humano, o mais nobre e o mais puro de todos. Jorge dificilmente amava alguém pelos cânones, não se dava facilmente a qualquer pessoa, pois respeitava a integridade do sentimento e da palavra "amo-te". Isso não o impedia de nada, apenas não punha tudo no mesmo saco, tinha os seus casos, os seus one night stands, a espera do click que despoletasse o amor. A adolescência acabou, chegou a idade adulta (física e mental), o peso emocional das coisas, e com o passar dos anos o aproximar da barreira invisível dos 30. As relações descartáveis – acumuladas – começaram a deixar de fazer sentido, estava farto de relações temporárias, da facilidade do sexo descomprometido á última hora, não queria mais orgasmos "unplugged" sem a electricidade característica do amor, sem aquela faísca no momento em que 2 corpos se tocam, se unem, mágica, indescritível, que acontece tão raras vezes – preciosas vezes – que só acontece quando é verdadeiro, que não se atinge com a experiência, ou apenas com tentativas - se assim fosse todas as putas seriam felizes.
Jorge queria esse amor, o que ele acreditava ser o verdadeiro amor, o puro, o romântico, o dos poetas, dos filmes, das músicas, o sentimento de abraçar alguém nos seus braços e conhecer-lhe o cheiro, o sabor, o amor que é feito dos pequenos gestos, não de preços de etiquetas cortadas de pulôveres de marca, já não lhe interessavam mais estatísticas, prémios ou medalhas por quantidade de parceiras sexuais.
Jorge cansou-se do sentimento inócuo de "mais um caso", do facilitismo de mais um número no telefone, de mais uma "sexy", "fofah" ou "baby" no msn, de mais uma noite a consolar carências, de paixões de limpa-almas, sentia-se um prostituto, estava farto das conversas de sempre, dos jogos de engate de sempre, da superficialidade de sempre, dos momentos efémeros, queria para si os momentos eternos e únicos. Jorge queria momentos a dois, registados em mensagens e bilhetes religiosamente guardados na gaveta das recordações e também junto ao peito, registados em álbuns de fotografias (a dois), escrevinhados nas lombadas com datas e locais, queria molduras na secretaria do trabalho e fotografias tipo passe na carteira, queria wallpapers no desktop e alianças de ouro branco. Jorge não queria apenas dar, queria dar-se, sem barreiras, medos ou mentiras, não queria o "sagrado amor" fútil de casamentos de Igreja, sem sal, oportunista (não generalizando), não queria o "amor" por motivos materiais, sociais, ou por questões de IRS, não queria o "amor" porque "tenho 35anos, não consigo comprar uma casa sozinho e quero ter um filho", Jorge queria o amor e a vida na plenitude máxima, vivida a dois, partilhada a 2, queria Las Vegas, queria Paris, queria beijos longos, quentes, intensos, queria a vida no limite, sem limites, ultrapassando os limites, queria sexo, drogas e rock n' roll, queria o "Último Tango em Paris", o "Titanic", o "Nove Semanas e Meia", o "Assassinos Natos" o "Bonnie and Clyde" e o "Dirty Dancing" misturados em copos de shot, servidos a arder, para os 2 beberem num trago, de olhar cúmplice um no outro (e um amo-te)... Jorge queria um abraço forte ao chegar a casa, um olhar meigo a dizer "és a pessoa mais importante do Mundo, não quero mais ninguém, amo-te", "esperei por ti toda a vida", "sem ti, não faz sentido..."
Jorge, precipitou-se nessa busca, a busca da sua vida, uma busca incessante, Jorge queria conquistar e merecer esse verdadeiro amor, a verdade no amor, e encontrou pessoas que lhe disseram que sim, que também queriam isso, que não era imaginação dele, que partilhavam o mesmo ideal (sim, estou contigo), e então diziam-lhe na cara "Amo-te", "És a pessoa mais importante do Mundo", "não posso viver sem ti" e Jorge enchia o peito de amor e flutuava... mas não importava se subia devagar ou não - temerário - essa escada da felicidade, pois depressa a descia, aos trambolhões e percebia que toda a gente conseguia dizer impunemente "amo-te", mas ninguém conseguia transformar a palavra em magia, em sentimento, e por isso Jorge afastava-se, revoltava-se, pois no fim de contas a verdade era ilusão - desilusão - as pessoas eram as mesmas de sempre - camufladas - desrespeitavam o amor, o sentimento, alimentavam-se da sua alma e viviam de mentiras, sem valores, egoístas com os seus mundos mesquinhos, corações impenetráveis e umbigos egocêntricos, mentes viciadas apenas no prazer dos momentos, sem pensar, como se fossem eternas crianças mimadas e "amar fosse um brinquedo" (tal como diz a canção)... Um brinquedo que magoa...
Um dia em casa olhou-se ao espelho, e não contemplou apenas o reflexo, olhou-se nos olhos e pensou "talvez tenham razão, amar assim é doença, afinal o que é o amor? O amor não é nada, não existe sentimento mais ou menos nobre, o amor é apenas uma palavra, não tem moralidade, é um punhado de sensações, mentiras e meias-verdades, como um analgésico para a alma, que não cura, apenas inibe a dor, não existe honra em nada disso, é físico, é sexo, é uma invenção dos poetas, nunca poderá existir "Romeu e Julieta" na vida real, só em livros, é tudo imaginação".
Jorge estava conformado com a sua nova realidade, e empenhado a "amar" como via os outros amarem, observou todas as regras, tentou entender os truques, as fintas e percebeu que no fundo não interessa gostar de alguém, basta dizer amo-te, como se isso desbloqueasse um outro nível, primeiro gosta-se, depois adora-se, depois diz-se "i love you" e depois amo-te, não tinha um significado mais complexo do que uma banal forma de ascensão de jogo de computador, depois percebeu que também não interessava dizer a verdade, pura e dura, por mais ingénua que fosse, que não tinha de ficar com medo de ter peso na consciência, ou outras coisas parvas que ele pensava, pois jura-se e está feito, cumpre-se ou não, pouco importa, é apenas um tapa-olhos – e nem sequer era preciso fazer figas – mais uma vez o "prometido é devido" da canção era apenas poesia.
Jorge sentia-se de outro planeta, embriagado, era tudo demasiado estranho, demasiado confuso, podia-se amar sem se sentir, podia-se jurar sem ser verdade, podia-se mentir (mesmo olhos nos olhos) apenas por ser mais fácil, podia-se amar apenas por dar jeito, apenas porque o sexo era bom, porque não existia mais ninguém ou porque não havia mais nada para fazer. Aos poucos Jorge foi ficando doente, como se o seu peito estivesse a ser esmagado, e a sua cabeça, tal como numa ressaca, lentamente voltava ao seu estado normal... Jorge viu-se novamente em frente a um espelho, de candeeiro a brilhar nos olhos e pensou...
"Muito bem, não há volta a dar, não consigo ser o contrário, ir contra os meus princípios, talvez seja difícil ser feliz vivendo assim nos dias de hoje, talvez seja um sonho de futuro amar e viver assim, mas que se pode fazer, venero o amor, respeito-o, não sou compatível com a traição, com a mentira nem com a falsidade, sinto-me bem por ser verdadeiro, por ser honesto, dizer a verdade, e embora isso me traga algumas desilusões, dói menos que acreditar que nada existe e andar por aí perdido, um humano desumanizado, um autómato... E o engraçado disto tudo é que no fundo ninguém me diz que estou errado... aliás toda a gente me diz que estou certo, que é assim que se tem de viver a vida e o amor, que é isso que também procuram, mas no fim ninguém o cumpre... ou tem medo de cumprir..."
Jorge olhou-se fixamente durante minutos, muitas coisas lhe passaram pela cabeça, lavou a cara e dirigiu-se para o sofá da sala, ficou por ali acordado até de madrugada, na companhia de cigarros e Jack Daniels. Quando o sol já subia no horizonte, pegou nas chaves da moto, lançou um beijo com a mão ao olhar para trás e saiu com as chamas a devorarem a carpete fofinha da sala...
...pessoas à porta do prédio disseram à Polícia que minutos antes alguém tinha saído a rir-se a gargalhada, mas isso foi o que contaram...
Numa parede das redondezas, passados poucos dias, alguém escreveu a preto baço com contraste…
"...que nunca se menospreze o amor..."
A simetria é imperfeição...
(será o amor assimétrico?!)
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