Sempre ouvi dizer que por vezes somos bafejados pela sorte, outras vezes parece ser o azar que nos persegue, mas afinal do que se trata ?! Seremos realmente vítimas de um qualquer vil plano da natureza, para nos reduzir a insignificância de nem sequer podermos organizar e traçar o nosso próprio destino sem ter de prestar contas dos nossos actos a algum tipo de entidade superior, que nos atribui recompensas através da sorte ou punições através do azar, ou seremos nós capazes, através das nossas decisões traçar situações de sorte ou azar, embora estas por vezes sejam complexas e inexplicáveis... Eu não sei, mas acredito que todos temos aquilo que merecemos, sempre....
O mundo parece louco, eu pareço louco, vivemos uma vida de escassez desde o dia que nascemos, tudo na vida se resume a isso mesmo, escassez... O Homem tem escolhas infinitas todas elas limitadas, mesmo as mais ilimitadas, irão acabar por ser vencidas nem que seja pelo tempo, o eterno assassino dos sonhos, da vida e das coisas, pois nada é eterno, nem mesmo os diamantes... Se virmos as coisas por este prisma reductor, que nos coloca numa posição orgânica e simplista, quase que apetece pensar, para quê então tanta preocupação com o futuro, nada prevalecerá, tudo será temporário, irrelevante, descartável... Ok tudo certo, mas por isso mesmo é que se diz que a vida é um jogo, porque tem um fim e um objectivo, e todos sabemos que os jogos, passo a redondância, jogam-se, conhecem-se as regras iniciais, vamos aprendendo algumas pelo caminho, seguimos pistas, aprendemos truques, e sabemos que um dia acabaremos por ver "Game Over" no nosso visor... mas para isso é preciso jogar, e sinceramente, acho preferível chegarmos ao fim, atingirmos esse objectivo seja ele qual fôr, do que permanecermos infinitamente um jogo inacabado... pois mesmo os jogos inacabados têm o seu espaço temporal, e senão jogados a tempo, outros virão e ditarão o seu fim..
You can hate me forever but my love will always crush you down
Não sei quem sou, sei que sou bêbado.. sim, BÊBADO, não me ofendam com coisas disparatadas, não me chamem de alcoólico, não me chamem de doente, eu sou bêbado da cabeça aos pés, só assim quero ser chamado e lembrado. Alcoólico, essa tem graça, até parece um elogio, eu bebo e caio, caio no lodo, rebolo-me no chão, rastejo-me até onde consigo, adormeço bêbado e acordo cansado, moribundo, sóbrio mas triste, triste e sozinho. Não sou o que pareço, não bebo por gostar ninguém gosta de beber, mas sou aquilo que ninguém admite ser, onde todos se esquecem, onde todos falham é nesse apontar do dedo, eu não sou alcoólico, eu bebo para viver, sou bêbado de alto abaixo, mas não vivo para beber, Eu estou morto, meio enterrado, vivo preso a uma ilusão, com passos entorpecidos e olhos vidrados, mas não me chamem de coitado, não sou nenhum abandonado, gosto é de viver na solidão. Sou um bêbado alucinado, vejo tudo ou talvez não, vejo-te a ti transfigurado, gozando por me veres no chão, de ti só vejo os sapatos, sujos imundos como o teu coração, mas eu não, eu sou um bêbado, um farrapo, de ti não quero piedade, guarda-a leva-a para o teu caixão, eu sou um bêbado, cansado, talvez esperando uma salvação, mas tu serás sempre um culpado, um relógio meio acertado, um pedaço de podridão.
" I'm going to be just like you: the job, the family, the fucking big television, the washing machine, the car, the compact disc and electrical tin opener, good health, low cholesterol, dental insurance, mortgage, starter home, leisurewear, luggage, three-piece suite, DIY, game shows, junk food, children, walks in the park, nine to five, good at golf, washing the car, choice of sweaters, family Christmas, indexed pension, tax exemption, clearing the gutters, getting by, looking ahead, to the day you die." In "Trainspotting"
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