Éramos tão novos,
A paixão mal cabia no coração,
E doía a dor,
Matava de sede e de fome
O amor
Éramos tão bons,
Chorávamos das mentiras novas,
E doía o peito,
Prensado com o peso
De coisas ingénuas
Éramos tão bonitos,
De pele esticada na praia,
De pele escurecida e salgada,
De corpos desnudos sem medo
Éramos eternos,
Em jogos nesse areal,
Com bandas sonoras perfeitas,
Com pores-do-sol no final
Éramos tão felizes,
Tão bons
Tão novos, bonitos e eternos
Éramos,
Mas já não somos...
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