Terça-feira, 28 de Agosto de 2012

Os contribuintes (ou os bois chamados pelos nomes)

Pouco sentido fará a contestação, a tentativa de mudança e a revolta, porque nos dizem que hoje em dia já não existem ideais. E pouco sentido fará a justiça, porque nos dizem que disso nunca houve. Pouco sentido fará o amor, porque afinal de contas dizem-nos que isso é coisa mal-inventada para explicar o inexplicável, os saltos acrobáticos de hormonas animalescas não visíveis a olho nu e que sobretudo as relações hoje em dia já não funcionam, que são obsoletas, antiquadas, fora de moda. Pouco sentido farão também as palavras, porque nos dizem que afinal de contas já foi tudo dito e/ou feito, e que a novidade – se surgir! - será sempre uma réplica barata do original. Pouco sentido fará sonhar, porque nos dizem que isso é bonito, mas principalmente tolo, infantil e ingénuo. Pouco sentido fará tentar ser feliz, ou mesmo ser feliz, porque nos dizem que já o somos, e que a vida é "mesmo assim". Pouco sentido fará ter filhos, porque nos dizem que o mundo se tornou demasiado perigoso, caro e que eles são um empecilho, estranguladores das nossas preciosas vidas singulares e atarefadas. Pouco sentido fará exijir que as Artes sejam sinónimo de qualidade ou tragam dentro de si alguma mensagem, porque nos dizem que elas são apenas um negócio, e que as pessoas já não gostam de cinema, só de filmes, já não gostam de música, só de batida, já não gostam de teatro, só de novelas, já não gostam de livros, só de vampiros e demais títulos sugestivos, e que por isso qualquer coisa serve para entreter. Não faz sentido tentar fazer algo de útil, ou tentar ser reconhecido apenas pelo nosso talento e trabalho, porque nos dizem que basta apenas aparecemos num reality show insípido, no caça-talentos da moda, na internet a fazer/dizer parvoíces. Não faz sentido querer vestir uma camisa aos quadrados ou uma t-shirt às riscas, porque nos dizem que a moda de hoje é vestir camisa às riscas e t-shirt aos quadrados. Não faz sentido querer ter um bom emprego, querer ter um horário, ou esperar um contracto de trabalho, uma habitação a preço justo, porque nos dizem que isso era no antigamente, no tempo das "vacas gordas". Não faz sentido exigir um serviço nacional de saúde universal, um acesso livre e igualitário ao ensino, um estado social, uma reforma, porque nos dizem que isso é uma utopia, que é a crise e que nós somos os culpados. Não faz sentido sermos honestos, verdadeiros ou querermos mudar o mundo, porque nos dizem que ele sempre foi assim, perverso, onde uns quantos poderosos mandam e subjugam, e uns quantos milhões obedecem, resignados, e vivem no limbo dos desafortunados, a matarem-se entre si, de costas voltadas, desunidos, fraticídas.

Sejamos então esse povo bom, o bom povo que temos de ser, ordeiros, e vamos contentar-nos com isso uma vida inteira, sobrevivendo, dando graças aos tempos modernos onde "uma sardinha felizmente já não tem de ser dívidida por 4 e onde já toda a gente tem televisão", e vamos continuar assim, entretidos pela inveja ao carro em 2ª mão do nosso vizinho a proporcionar a boa vida que outros nos reclamam e exigem pelo suor do nosso esforço, vamos contribuir e calar, acompanhar a novela da 4 e o talk show da 3, e seguir a dieta da revista para mulheres, e a fofoca na revista com nome de mulher, e comentar a mulher boa que vinha nas paginas centrais da revista para homens, na conversa inflamada entre homens por causa de golos com bolas que não entraram e foras-de-jogo mal assinalados comprovados mais tarde em grafismo vectorial por tasqueiros doutorados que aparecem em programas para lá dos 90 minutos de jogo, e continuemos assim, a desfazermo-nos do nosso ouro à mixórdia agiota propangandada pelo sorriso mentiroso de uma qualquer cara conhecida, a pagar o nosso dízimo constitucional sem exijir ou esperar direitos, vivendo no medo, e cantarolando o melhor mega-hit de sempre (dos próximos 2 meses) que as rádios vomitam em playlist, autênticos peões kamikaze no xadrez da vida, com as cabeças inundadas de confusão, vazio, pressão e de bolsos cheios de aplicativos informáticos que nos transformam em automátos de ultimo grito (e obviamente, socialmente bem aceites).

E no fim, porque somos seres humanos e contribuintes, e as aparências da liberdade forçosamente precisam de existir, de tempos a tempos empenhamos o nosso cartão de cidadão com veemência, e de olhos rasgados de esperança assinamos em cruz - entre direitas e esquerdas de forma alternada - o nosso destino, o nosso triste fado.

Para alguns isto continua a fazer todo o sentido... (pudera!)



Mr Anger às 12:30
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Domingo, 7 de Março de 2010

Silêncios ensurdecedores

 

"Shiu!" era tudo o que António queria ouvir, um "cala-te" transmitido em forma de abraço, sem beijo ou palavras, e assim nesse silêncio talvez conseguir encontrar conforto e respostas, aspecto onde aparentemente as bocas e as palavras falhavam de forma redundante.


"...Tenho-te aqui a meu lado
do lado esquerdo do peito
a pensar em ti eu acordo
a sonhar contigo me deito..."


Mas da pueril inocência do seu amor desfeito surgiam apenas dúvidas, e tudo o que lhe saía da alma eram coisas sem sentido ou por demais revisitadas, como os poemas "ABAB" deprimentes que escrevinhava nos cantos dos envelopes das contas por pagar, pontos de vista desfocados, pouco objectivos, dispersos, gritos de revolta que  não queria calar, mas que ela já não estava mais lá para ouvir, sentada no cadeirão de verga a apanhar os primeiros raios de sol da manhã enquanto ele espremia laranjas para o pequeno-almoço, ou no sofá da sala, na cama, na imperfeição da escolha de copos e talheres diferentes na mesa do jantar, pois saiu, porta fora, com escova de dentes e parte dele dentro da mala de campismo vermelha, roçada das aventuras, com poeira do último verão Algarvio e um coração desenhado por dentro a esferográfica azul, com as iniciais separadas por um "+", recordações de brincadeiras adolescentes das suas vidas adultas e sonhadoras... pois agora ela não estava mais ali, saiu, senhora de si, formalmente distante, longe das calças de desporto e top domingueiros, confiante no que fazia, cada vez mais longe, nessa espiral de escadaria até ao piso térreo do prédio, e António ali ficou, desolado, de braços caídos, rosto cabisbaixo numa surda tempestade de desilusões, vencedor totalista de uma viagem só de ida até ao inferno (sem sequer lançar aposta), sem direito ao prazer de sentir prazer, a espera que um dia, por compaixão ou desprezo, ela lhe entregasse a parte dele que levou com ela, e que, da forma mais pura de todas, ele partilhava...


 - “Calma António, calma!! Respire fundo, beba um copo de água, tome um calmante, o amor não existe, é apenas um artifício, espalhe a semente meu amigo, espalhe a semente…”

 - “Mas eu amo-a!!”

 - “Ama-a...?! Sabe lá você o que diz... seja um homenzinho, cresça... isso da monogamia e amor eterno são coisas do tempo da outra senhora, faça pleno usufruto de tudo a que tem direito, incluindo, obviamente, das mulheres... não seja tacanho...”


E um punho cerrado perfez uma curva no ar, acabando, de forma abrupta nessa boca (supostamente) sábia, seguido de um chorrilho de impropérios demasiado obscenos - mas óbvios - desencadeados pelos elevados níveis de testosterona e também, a bem da verdade, de indignação...

 

 - "Se eu digo que a amo é porque a amo!!! Guarde para si a panaceia dessas tretas pós-modernas, quero Romeu e Julieta de Shakespeare, percebe ?!?! PERCEBE?!?!?”

 

 

E que mais podia dizer o doutor naquela situação, se não dizer que sim, e posteriormente, pôr-lhe uma acção em Tribunal...

 

 

 


OUVI DIZER
 - "O Monstro Precisa de Amigos"

Ornatos Violeta - Manuel Cruz
 

Ouvi dizer que o nosso amor acabou
Pois eu não tive a noção do seu fim
Pelo que eu já tentei,
Eu não vou vê-lo em mim
Se eu não tive a noção de ver nascer um homem
 

E ao que eu vejo,
Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi
E eu fiquei com tanto para dar!
E agora
Não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva!
 

E pudesse eu pagar de outra forma

 

Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã,
E eu tinha tantos planos pra depois!
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós;

Sem tirar das palavras seu cruel sentido
Sobre a razão estar cega,
Resta-me apenas uma razão,
Um dia vais ser tu
E um homem como tu,
Como eu não fui,
Um dia vou-te ouvir dizer:  
 

E pudesse eu pagar de outra forma! Sei que um dia vais dizer
E pudesse eu pagar de outra forma!

 

A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte,
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas,
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura,
Ora amarga, ora doce,
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!

 

 


Mr Anger às 17:45
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Sexta-feira, 6 de Novembro de 2009

Just a little pin prick (palavras sem fotografia)

 

Pensava eu que o mundo acabaria – mais tarde ou mais cedo – por ceder simpatias, coisas dispersas e avulsas (raras), de cheiro a mofo de não usar, descontinuadas, mas felizes. Não passou tudo de mera expectativa, da pior ilusão, enganei-me no espelho (olha para ti, sou eu) um acumular de contínuos “Dons Sebastiões” em espera que a meteorologia lhes desse uma manhã de nevoeiro cerrado e esperançoso, que tardou sempre em chegar, e onde após debelar a negação, se descobre que mesmo o mais cerrado de todos não encobre nada, é fumo de um fogo comum, apenas um ligeiro camuflado, pequena brisa suja, manto de tecido leve, que distorce mas não esconde ou trás nada que não estejamos à espera, eterno embrulho de presente que pelo toque sabemos sempre serem meias de desporto contrafeitas, e que, por suposição, experiência, mas nunca sorte, quase que adivinhamos a cor branca, eterna frustração de quem sabe sempre o que lhe espera, hoje, amanhã e depois, Tigre amansado que vive num habitat controlado, genérico, pouco expressivo, desgastante, forçado, definido, pois tudo é-lhe "explicitamente numas/aparentemente noutras" dado, nada obtido por esforço real ou vontade própria, tudo em troca de uma falácia, de uma ilusão, de um gesto maquinal de fera, uns quantos abrires de boca de tédio (bocejos) e revolta (rosnares)…

 

 

O Tigre não faz ron ron
O Tigre só quer caçar
O Tigre nunca foi bom
É fera que quer matar

 

 

Não quero mais comer dessa carne, oferecida em mão, talhada de seu nervo, de ossos escolhidos a dedo, de níveis medidos, analisados, não quero beber mais água límpida, filtrada, aditivada, quero o que calha, o que me calha, o que mereço, parem, por favor parem!! Libertem as amarras invisíveis, mordaças mentais, eu estou a rosnar, enfurecido, não é felicidade, não quero os vossos sorrisos, não me tirem fotos, estas árvores não são daqui, foram aqui plantadas, estas pedras fazem parte dos sonhos de uma Arquitecta, de um Biólogo, de alguém, não foi a natureza que as escolheu… eu não sou daqui… eu não pertenço aqui… eu não sou livre, não sou o que estão a ver… metam uma ponte no fosso e eu juro que passo, eu juro que trinco, mordo e mato… julgam-me mal… não simpatizo com as vossas simpatias… preservar dizem vocês… amor dizem sentir… amor por vocês sim, mas não me façam de joguete, marioneta do vosso egoísmo, demanda de em tudo mandar, de tudo subjugar, estou cansado dos vossos gostos, regras e vontades… quero morder o braço frágil e quebradiço de uma criança, não me conhecem, quero matar 2 ou 3 antes de ser sedado, quero sentir o sangue quente de uma jugular a escorrer-me pela garganta, quero lamber as minhas patas pastosas de sangue coagulado, quero ser odiado, quero que alguém se arrependa de me ter pensado bonito e dócil, não sou peluche, não sou producto de prateleira de hipermercado nem personagem ternurenta de filme domingueiro de animação, quero ser abatido se for preciso, morrer a tentar viver …

 

Deixem-me mostrar o que sou, o que realmente sou, pois até agora não sabem ou conhecem nada…nada!!!!

 

 

O Tigre não está mansinho
O Tigre não está quebrado
O Tigre não quer um destino
De outros para ele traçado


 

E uma besta fechou os olhos, seguiu a viagem do livre arbítrio, nesse caminho pintado a negro, breves segundos espaçados de um flash, invadidos depois de cor, das coisas que queria e quer, de lugares onde nunca esteve mas sonha, de coração acelerado que pára, mas que numa eternidade indefinida e secreta…ecoa…

 


Mr Anger às 16:45
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Terça-feira, 13 de Outubro de 2009

Não me apetece jantar - (ad I)

 

Na parte imaterial do ser humano encontrei isto:
 
"...Lembro-me bem - quase tanto como do teu sorriso, da ternura do teu toque e do cheiro da tua pele - dos jantares perfeitos, de mesa composta, pratos, copos e talheres, de bases de pratos e de tachos, preservando a mesa da cozinha ou sala, e dos guardanapos que toscamente colocava nos copos, como se a moldura tivesse de ser perfeita. Cozinhávamos amor em lume brando, eu e tu, revezados consoante o tempo, a vontade, tudo de sabor intenso. Recordo receitas de peixe, carne, sobremesas, doces e abraços enquanto se mexia o arroz.
 
Não passa um dia que não recorde, por mais que pareça impossível, e dá um certo reconforto saber que é assim, embora doa, porque quando é verdade não se esquece, não se apaga, não se substitui ou mata, se fosse fácil, ilusão ou deslumbramento atirava-se para trás das costas ao primeiro beijo alheio, mas não, todos os dias lá estás tu, de novo, e em silencio digo: amo-te... e penso que amor assim deveria estar exposto no Louvre, para todos verem, admirarem e sentirem.
 
Não passa um mês que não recorde datas - faça contas - ou um sitio/situação que não sinta a tua falta, ou algo novo, qualquer situação que não tenhamos vivido em que não pense como seria contigo, como gostaria de ser chato e explicar-te o motivo, a razão e funcionamento. A partilha será eterna, porque os almas são peças perdidas de um grande puzzle, e duas peças iguais não se juntam, mas as nossas diferentes encaixavam na perfeição, tais como os corpos, um ao lado do outro, perfeitos.
 
Parece e soará sempre a loucura, exagero, eloquência, mas sinceramente, e convicto das minhas totais capacidade mentais - por si só uma falácia - Isso importa ? Isso impede que seja verdade ? A minha verdade é só uma e confesso que é amor, foi e será sempre amor...
 
... e quando é amor damos tudo, e quando damos tudo, resta-nos nada, e é com esse nada que temos de continuar..."
 
 
 
O amor, os sentimentos, são incêndios descontrolados com que as pessoas gostam de brincar, reduzidos á dimensão de fósforos...
 
(e depois...)
 

 

 
 
JOÃO E MARIA  – (sem álbum de estúdio)
Chico Buarque – Sivuca, Chico Buarque

 

 

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você
Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinés

 

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa
Que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

 

Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido

 

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo
Sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim
 

 


Mr Anger às 22:30
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