O "nosso" PM vai falar hoje ao País, e em particular aos contribuintes (os principais interessados). Tal monólogo ditado será lido ao final da tarde pelas 19:15 (antes da dose semanal de futebol).
Vamos estar então de ouvidos bem abertos (estendendo tal gesto a outras partes do corpo, obviamente) para recebermos de forma passiva as novas tendências de austeridade para o próximo OUTONO/INVERNO, e que aparentemente, segundos rumores de bastidores, a grande novidade passa por usar os cintos ainda mais apertados!!
Dizem que depois de tal desfile de novas medidas, fica bem rematarmos indignados com algum comentário de resignação como por exemplo:
- "É a crise, o que é que se pode fazer..."
A minha opinião - bastarda - é que Portugal precisa urgentemente de uma mãe para lhe dizer, como qualquer mãe digna de o ser:
- "Meu filho, cuidado com as companhias, não devias andar metido com agiotas e vigaristas!!"
PORTUGAL, PORTUGAL - "Acto Contínuo"
Jorge Palma
Tiveste gente de muita coragem
E acreditaste na tua mensagem
Foste ganhando terreno
E foste perdendo a memória
Já tinhas meio mundo na mão
Quiseste impor a tua religião
E acabaste por perder a liberdade
A caminho da glória
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Tiveste muita carta para bater
Quem joga deve aprender a perder
Que a sorte nunca vem só
Quando bate à nossa porta
Esbanjaste muita vida nas apostas
E agora trazes o desgosto às costas
Não se pode estar direito
Quando se tem a espinha torta
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Fizeste cegos de quem olhos tinha
Quiseste pôr toda a gente na linha
Trocaste a alma e o coração
Pela ponta das tuas lanças
Difamaste quem verdades dizia
Confundiste amor com pornografia
E depois perdeste o gosto
De brincar com as tuas crianças
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Se as palavras fossem acompanhadas de compreensão, provavelmente diria assim, sem soluços...
"Isto é um segredo... meu e teu... não o maltrates ou machuques em vão, afinal de contas é a coisa mais preciosa que existe neste mundo, partilhamo-la. Faz como eu (conselho de...), guarda tudo (memórias e segredo) junto ao peito, mas bem lá no fundo, onde a dor se transforma em carinho, em saudade, em amor, sempre, onde não há espaço para as coisas más, para receios ou rancores, guarda tudo como um tesouro (porque o é), e esconde-o bem, embrulhado em veludo vermelho como tu gostas, sente-o no peito e toma notas, descreve-lhe o sabor numa folha, num caderno antigo da escola ou num diário adolescente preenchido até meio, e lê-o quando precisares de sentir... ou quando sentires que precisas... novamente... ou quando te esqueceres no futuro ao que sabia, ou quando voltares a pensar que é apenas mais uma palavra entre "aal" e "zurzir"...
Um dia, entre hoje e amanhã vais o querer reaprender, tens aí uma boa base, lê, sente e copia (senão conseguires mais do que isso), mas nunca te esqueças que é uma arma, e uma arma que se saca para matar, não para meter medo...
Quem diria não é ? Quem diria...
Olha... diria assim o Fonseca de Leiria, em jeito de despedida, em frases de booklets que ninguém lê ou pouco sentido dá...
"Love & Bliss"..."
... e as lágrimas, mesmo que injustas, desperdiçadas, cairiam de seguida livremente, mas não seriam nunca de crocodilo, pois ninguém consegue fingir as de amor... as de...
adeus...
O MEU AMOR EXISTE - "Acto Contínuo"
Jorge Palma
O meu amor tem lábios de silêncio
E mãos de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina
O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito
O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Sarou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura.
O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe.
(NOTA: Infelizmente não encontrei nenhum vídeo ao vivo... temos então de nos contentar com este em "tributo a Audrey Tautou"... que pena...)
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