Quando tratamos todos como meras pedras da calçada, nunca percebemos que existem diamantes... quando tratamos todos como diamantes, estes perdem o seu valor e transformam-se em pedras da calçada... pois os diamantes dependem da sua quantidade mínima (escassez) para serem especiais.
Acontece que as pessoas que têm mais amigos são as que conseguem trata-los sempre como diamantes, ao passo que os que têm poucos tendem a trata-los como pedras na calçada.
Não estou a pensar naquelas situações em que se trata bem os outros para ser socialmente aceite. Estou a pensar naquelas em que o indivíduo sabe amar e ser amado. Esse vai apreciar o “outro” independentemente da quantidade de pessoas que o rodeiam e por isso tenderá a fazer mais amigos.
Já o que não sabe valorizar o indivíduo terá um amigo ou nenhum. E das duas uma: não o considera um diamante porque o que não sabe valorizar não foi valorizado, e carecendo desesperadamente disso tenderá para o egocentrismo e a considerar que tudo fora (ou para além) do seu umbigo é uma pedra da calçada. Ou o considerará que encontrou um diamante sempre que não lhe dão nada pelo simples facto dessa situação lhe ser familiar.
E é por isso que há tanta gente com pouca auto-estima em situações de m. ou a tornar a vida à sua volta numa m. similar.
Portanto a questão não está só no lado da oferta mas sobretudo no lado da procura.
O valor intrínseco de uma pessoa não deve estar sujeito a comparações ou deduzido da exclusividade que uma pretensa “raridade” oferece. A especialidade é outra coisa muito mais bonita do que isso.
- E já agora : Duvido que alguém realmente goste de caviar... - ou que “goste” por genuínos motivos. Se tivesse numa ilha deserta e com fome e um Génio me dissesse “podes ter o que quiseres” eu lhe pediria um belo bitoque!