Terça-feira, 12 de Maio de 2009

Onde andas Jorge ?

 

 

Jorge queria amar, sempre quis amar, e desde novo acreditava que o amor era o sentimento mais humano, o mais nobre e o mais puro de todos. Jorge dificilmente amava alguém pelos cânones, não se dava facilmente a qualquer pessoa, pois respeitava a integridade do sentimento e da palavra "amo-te". Isso não o impedia de nada, apenas não punha tudo no mesmo saco, tinha os seus casos, os seus one night stands, a espera do click que despoletasse o amor.  A adolescência acabou, chegou a idade adulta (física e mental), o peso emocional das coisas, e com o passar dos anos o aproximar da barreira invisível dos 30. As relações descartáveis – acumuladas – começaram a deixar de fazer sentido, estava farto de relações temporárias, da facilidade do sexo descomprometido á última hora, não queria mais orgasmos "unplugged" sem a electricidade característica do amor, sem aquela faísca no momento em que 2 corpos se tocam, se unem, mágica, indescritível, que acontece tão raras vezes – preciosas vezes – que só acontece quando é verdadeiro, que não se atinge com a experiência, ou apenas com tentativas - se assim fosse todas as putas seriam felizes.
 
Jorge queria esse amor, o que ele acreditava ser o verdadeiro amor, o puro, o romântico, o dos poetas, dos filmes, das músicas, o sentimento de abraçar alguém nos seus braços e conhecer-lhe o cheiro, o sabor, o amor que é feito dos pequenos gestos, não de preços de etiquetas cortadas de pulôveres de marca, já não lhe interessavam mais estatísticas, prémios ou medalhas por quantidade de parceiras sexuais.
 
Jorge cansou-se do sentimento inócuo de "mais um caso", do facilitismo de mais um número no telefone, de mais uma "sexy", "fofah" ou "baby" no msn, de mais uma noite a consolar carências, de paixões de limpa-almas, sentia-se um prostituto, estava farto das conversas de sempre, dos jogos de engate de sempre, da superficialidade de sempre, dos momentos efémeros, queria para si os momentos eternos e únicos. Jorge queria momentos a dois, registados em mensagens e bilhetes religiosamente guardados na gaveta das recordações e também junto ao peito, registados em álbuns de fotografias (a dois), escrevinhados nas lombadas com datas e locais, queria molduras na secretaria do trabalho e fotografias tipo passe na carteira, queria wallpapers no desktop e alianças de ouro branco. Jorge não queria apenas dar, queria dar-se, sem barreiras, medos ou mentiras, não queria o "sagrado amor" fútil de casamentos de Igreja, sem sal, oportunista (não generalizando), não queria o "amor" por motivos materiais, sociais, ou por questões de IRS, não queria o "amor" porque "tenho 35anos, não consigo comprar uma casa sozinho e quero ter um filho", Jorge queria o amor e a vida na plenitude máxima, vivida a dois, partilhada a 2, queria Las Vegas, queria Paris, queria beijos longos, quentes, intensos, queria a vida no limite, sem limites, ultrapassando os limites, queria sexo, drogas e rock n' roll, queria o "Último Tango em Paris", o "Titanic", o "Nove Semanas e Meia", o "Assassinos Natos" o "Bonnie and Clyde" e o "Dirty Dancing" misturados em copos de shot, servidos a arder, para os 2 beberem num trago, de olhar cúmplice um no outro (e um amo-te)... Jorge queria um abraço forte ao chegar a casa, um olhar meigo a dizer "és a pessoa mais importante do Mundo, não quero mais ninguém, amo-te", "esperei por ti toda a vida", "sem ti, não faz sentido..."
 
Jorge, precipitou-se nessa busca, a busca da sua vida, uma busca incessante, Jorge queria conquistar e merecer esse verdadeiro amor, a verdade no amor, e encontrou pessoas que lhe disseram que sim, que também queriam isso, que não era imaginação dele, que partilhavam o mesmo ideal (sim, estou contigo), e então diziam-lhe na cara "Amo-te", "És a pessoa mais importante do Mundo", "não posso viver sem ti" e Jorge enchia o peito de amor e flutuava... mas não importava se subia devagar ou não - temerário - essa escada da felicidade, pois depressa a descia, aos trambolhões e percebia que toda a gente conseguia dizer impunemente "amo-te", mas ninguém conseguia transformar a palavra em magia, em sentimento, e por isso Jorge afastava-se, revoltava-se, pois no fim de contas a verdade era ilusão - desilusão - as pessoas eram as mesmas de sempre - camufladas - desrespeitavam o amor, o sentimento, alimentavam-se da sua alma e viviam de mentiras, sem valores, egoístas com os seus mundos mesquinhos, corações impenetráveis e umbigos egocêntricos, mentes viciadas apenas no prazer dos momentos, sem pensar, como se fossem eternas crianças mimadas e "amar fosse um brinquedo" (tal como diz a canção)... Um brinquedo que magoa...

 

Um dia em casa olhou-se ao espelho, e não contemplou apenas o reflexo, olhou-se nos olhos e pensou "talvez tenham razão, amar assim é doença, afinal o que é o amor? O amor não é nada, não existe sentimento mais ou menos nobre, o amor é apenas uma palavra, não tem moralidade, é um punhado de sensações, mentiras e meias-verdades, como um analgésico para a alma, que não cura, apenas inibe a dor, não existe honra em nada disso, é físico, é sexo, é uma invenção dos poetas, nunca poderá existir "Romeu e Julieta" na vida real, só em livros, é tudo imaginação".
 
Jorge estava conformado com a sua nova realidade, e empenhado a "amar" como via os outros amarem, observou todas as regras, tentou entender os truques, as fintas e percebeu que no fundo não interessa gostar de alguém, basta dizer amo-te, como se isso desbloqueasse um outro nível, primeiro gosta-se, depois adora-se, depois diz-se "i love you" e depois amo-te, não tinha um significado mais complexo do que uma banal forma de ascensão de jogo de computador, depois percebeu que também não interessava dizer a verdade, pura e dura, por mais ingénua que fosse, que não tinha de ficar com medo de ter peso na consciência, ou outras coisas parvas que ele pensava, pois jura-se e está feito, cumpre-se ou não, pouco importa, é apenas um tapa-olhos – e nem sequer era preciso fazer figas – mais uma vez o "prometido é devido" da canção era apenas poesia.
 
Jorge sentia-se de outro planeta, embriagado, era tudo demasiado estranho, demasiado confuso, podia-se amar sem se sentir, podia-se jurar sem ser verdade, podia-se mentir (mesmo olhos nos olhos) apenas por ser mais fácil, podia-se amar apenas por dar jeito, apenas porque o sexo era bom, porque não existia mais ninguém ou porque não havia mais nada para fazer. Aos poucos Jorge foi ficando doente, como se o seu peito estivesse a ser esmagado, e a sua cabeça, tal como numa ressaca, lentamente voltava ao seu estado normal... Jorge viu-se novamente em frente a um espelho, de candeeiro a brilhar nos olhos e pensou...
 
"Muito bem, não há volta a dar, não consigo ser o contrário, ir contra os meus princípios, talvez seja difícil ser feliz vivendo assim nos dias de hoje, talvez seja um sonho de futuro amar e viver assim, mas que se pode fazer, venero o amor, respeito-o, não sou compatível com a traição, com a mentira nem com a falsidade, sinto-me bem por ser verdadeiro, por ser honesto, dizer a verdade, e embora isso me traga algumas desilusões, dói menos que acreditar que nada existe e andar por aí perdido, um humano desumanizado, um autómato... E o engraçado disto tudo é que no fundo ninguém me diz que estou errado... aliás toda a gente me diz que estou certo, que é assim que se tem de viver a vida e o amor, que é isso que também procuram, mas no fim ninguém o cumpre... ou tem medo de cumprir..."
 

Jorge olhou-se fixamente durante minutos, muitas coisas lhe passaram pela cabeça, lavou a cara e dirigiu-se para o sofá da sala, ficou por ali acordado até de madrugada, na companhia de cigarros e Jack Daniels. Quando o sol já subia no horizonte, pegou nas chaves da moto, lançou um beijo com a mão ao olhar para trás e saiu com as chamas a devorarem a carpete fofinha da sala...


...pessoas à porta do prédio disseram à Polícia que minutos antes alguém tinha saído a rir-se a gargalhada, mas isso foi o que contaram...
 
 

 

Numa parede das redondezas, passados poucos dias, alguém escreveu a preto baço com contraste…

 

"...que nunca se menospreze o amor..."

 


Mr Anger às 12:21
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40 comentários:
De Eu a 12 de Maio de 2009 às 16:59
Como é que consegue penetrar tanto e tão bem na alma das pessoas? Dizer o que toda a gente pensa só que não consegue exprimi-lo por palavras? Como consegue escrever de forma tão intensa que chega a doer de tão verdadeiras que são as palavras que escreve?... Fico enternecida com os seus textos, como que se fossem histórias de livros mas que na realidade são histórias de vidas, de pessoas, gritos de dor, de revolta, de medo, de esperança... Fantástico!


De Mr Anger a 18 de Maio de 2009 às 22:55
Se o objectivo era dar apoio e elevar o ego aqui do escriba conseguiu

Sei que é feio e labrego agradecer "agradecimentos" mas porra, as vezes o cubo de gelo em forma de coração também se derrete ;)

Obrigado e venha mais vezes dizer coisas bonitas

Mr Anger


De bilbaia a 2 de Junho de 2009 às 16:21
Mr. Anger, pelo que leio o seu ego incorre no risco de ficar sem espaço, poderá ser merecido... é isso que procura ou como eu, o seu ego é o seu deus? nunca melhor do que, nunca pior ... sempre a amar-me Hi HI


De Rafeiro Perfumado a 13 de Maio de 2009 às 15:10
Boa escolha de nome!


De Ventania a 13 de Maio de 2009 às 20:08
Um beijo honesto, que outros não sei dar, aos 2 ou 3 Jorges que este mundo tem.


De Mr Anger a 18 de Maio de 2009 às 22:40
Cara Ventania,

Desculpe o momento piroso, mas tenho de responder de volta com outro beijo honesto, ou melhor, para não ser "socialmente correcto à moda das tias de Cascais-sou-tão-in-ai-meu-Deus-que-horror", mando-lhe 2 beijocas das puras !!!

Isto tudo para dizer: obrigado

Mr Anger


De Monica a 13 de Maio de 2009 às 22:28

Não existe comentário possível, simplesmente divinal....profundo...inarravel.

Parabens


De Mr Anger a 18 de Maio de 2009 às 22:59
Cara Mónica,

Obrigado pela visita, espero que venha mais vezes, mesmo que seja para dizer "não concordo consigo e é uma besta"

Volte sempre

Mr Anger


De Joana a 13 de Maio de 2009 às 22:53
Só quem já passou dos 35 e amou, mas amou mesmo, é que pode escrever assim.

Aqui está escrito o mais intimo de todos nós que já fomos, somos ou seremos um dia, humanos desumanizados !!

Saudações Alentejanas verdadeiramente extasiadas!!


De Mr Anger a 18 de Maio de 2009 às 22:42
Cara Joana,

Não meta as mãos no fogo por isso, pode-se queimar...

O Mr Anger não tem idade :D


De Joana a 19 de Maio de 2009 às 21:40
Pode não ter idade mas tem muita sabedoria, o que, segundo alguns iluminados, corresponde a muita idade...

Confesso, não estou muito inspirada! Doze horas de trabalho deixam qualquer super-mulher arrasada e sem inspiração.

Sendo assim...

Saudações verdadeiramente alentejanas (cansadas)!!


De Lótus a 14 de Maio de 2009 às 04:44
Valeu bem a pena esperar .. .. pouco mais posso dizer...
Infelizmente, nos dias que correm, temo não acreditar nos Jorges deste mundo .. a existirem serão de Balança .. Vénus é uma contradição .. o amor mesmo que perfeito será sempre pouco .. o ideal tolda a realidade .. e a felicidade perde-se ..
O Jorge é um romântico incurável .. e eu temo já não ser assim.. perdi-me... em tantas falsas palavras de amor..


De Lucy a 14 de Maio de 2009 às 08:29
Um homem apaixonado... É bom amar assim. Não desista. Um abraço


De Capricho da Lua a 14 de Maio de 2009 às 11:52
E quem não procura um Jorge para a sua vida ? Seja em versão feminina ou masculina? Texto lindo cheio de sentimento.


De mia a 14 de Maio de 2009 às 14:08
Jorge é um cobarde que quer desculpar-se com a falsidade que em si identifica. Só ama quem se deixa amar. E Jorge não deixa. Prefere viver no mundo platónico dos ideais onde a coragem é desnecessária, onde basta levar uma salada de frutas à cama para obter o amor eterno. O amor é desconfortável, incomoda, ocupa espaço. Jorge é medricas, egoísta e um palhaço. É um palhaço sozinho porque não quer ser escolhido, quer escolher para se proteger. Mas o amor não se escolhe, permite-se. Jorge é tão estúpido que quando permite-se amar fica a aguardar...a testar...para comprovar que toda a Julieta se farta. E depois vem carpir-se de como é vão e fugaz o amor. Jorge só amou a primeira amante, depois disso só quer amar o "amor" sentindo-se incomodado pelo facto dele vir associado a uma pessoa que não o seu grande ego pedante. E assim, Jorge acaba por sofrer mais, porque os outros casam-se, têm filhos e são amados e ele lá fica a arrotar a sua azia por ser um palhaço cobarde.
(bem escolhido o nome ,"Jorge").


De Mr Anger a 18 de Maio de 2009 às 22:50
Cara Mia (se for homem leia "Caro")

Espero que venha mais vezes e me dê o prazer das suas opiniões, gostei especialmente da acidez da última linha "... e ele lá fica a arrotar a sua azia por ser um palhaço cobarde. " :D


Mr Anger


De Rita a 22 de Maio de 2009 às 12:32
não é cobardia... já conheci um Jorge, como uma "jorja", e só acotnece quando tentamos, e voltamos a tentar, nos entregamos, e voltamos a nos entregar, até ao ponto que as nossas energias ficam num ponto tão baixo que levamos algum tempo para nos reerguer, mas sem duvida, que a vontade de amar é cada vez menor, porque o mundo está cheio de gente vazia, oca e imediata, mas nao vao "carpir"... porque somos capazes de lidar com a dor e tentar novamente... ate batermos com mais um ser insensivel e que nos faz arrotar sim, a felicidade de vermos atempadamente o erro que iríamos cometer!!


De White Angel a 22 de Maio de 2009 às 16:33
Rita,

A vontade de “Amar” não é menor… só é mais selectiva…
O “bater no fundo” só nos dá mais força para continuar, criamos anticorpos contra esses seres insensíveis, que brincam com um sentimento muito nobre…
Mas o sonho, esse, continua lá… a força também e a vontade de viver um grande amor recíproco, esse não acaba nunca…

Gostei da tua intervenção.
White Angel


De Rita a 22 de Maio de 2009 às 22:11
o sonho já não desvanece... porque a certeza do que sentimos é algo real, mas por vezes é dificil alimentar algo de bom... obrigada pelas tuas palavras.


De Jorge Gonçalves a 14 de Maio de 2009 às 17:11
Gostei de ler este texto fabuloso sobre alguém que curiosamente tem o mesmo nome que eu. Tenho muitos talentos mas a escrita de prosa infelizmente não é um deles e tenho muita pena com isso porque ainda gostava de poder escrever uma obra autobiográfica. Acredite que se eu tivesse esse seu extraordinário talento teria muita coisa para contar e tenho quase a certeza que provavelmente daria um best seller a nível mundial.


De Mr Anger a 18 de Maio de 2009 às 22:51
Caro Jorge,

Não tenha medo do "infinitamente pequeno", ESCREVA!!!!


Mr Anger


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