Os homens não choram... que paneleirice!! Coisa de fracos, alguma vez iria chorar quando sinto falta do teu abraço, do teu corpo a puxar-me contra ti, do teu amor, do teu calor ?!
Alguma vez cairia na lamechice de verter lágrimas apenas porque queria estar ao pé de ti, em vez de longe, distante, separado por mensagens, telefonemas e chat's ?!
Seria eu capaz de ficar tão triste e deprimido que desatava a chorar como uma criança privada do seu brinquedo favorito só porque ao chegar da noite, quando regresso cansado do trabalho sei que volto para uma casa vazia, em silêncio - pois não falo com as paredes - tenho um jantar singular - qualquer merda serve - e que na hora de dormir vou sentir-me ainda mais sozinho, porque sem ti não é igual, sem ti (a vida) dói tanto…
Claro que sim, choro como uma menina agarrada as saias da mãe...
São de Esquerda! São de Direita! São Liberais! São Conservadores! São a favor das Empresas e PME'S! São a favor do Povo e dos Trabalhadores! São a favor dos Direitos Humanos e Sociais! São Ecológicos! Usam Gravata! Não Usam Gravata! Eles gritam, eles lutam!!
... mas quando o que importa é gastar 4,5 milhões de Euros do nosso bolso para terem o "mais avançado Parlamento do Mundo", nessa altura calam-se todos...
E sabem porquê ?! Porque lhes sabe bem sentar lá a peida... porque no fim de contas o cu não tem partido, e é bom ter esses miminhos... (que marotos)
E por conta disso nem um, um que seja, de que Partido fosse, Esquerda, Direita, Centro, pequeno ou grande, Louçãs, Portas, Alegres ou Verdes, foi contra as obras, ou contra o abuso de gastar tanto dinheiro numa inutilidade... principalmente numa altura de crise e num País com tantas carências... haja vergonha... nem que fosse por isso... vergonha...
A saga de sempre continua...
(Também pelo Twitter em www.twitter.com/mrangerblog)
As verdades doem, as mentiras matam...
E de repente... embora de forma esperada, acaba-se o sonho, e a cabeça dói de tanto pensar como foi (tão) bom, como foi demasiado bom, como foi além das marcas, como vivemos sem amarras, nem que por um segundo, num breve segundo em que estivemos acima de tudo, de todos, das regras, das lógicas, em que fomos maiores que a própria vida, fomos liberdade, fomos tempo, fomos o dia pelo dia.
Fizemos nesse tempo o que nos deu na real gana - e que ganas nós tínhamos - se vivermos para contar aos netos - se os viermos a ter - não iremos contar (jura-me!)… pois é nosso, ninguém merece ouvir, nunca ninguém irá perceber (e no fim até faz mal, porque tanta felicidade, tanta liberdade, deprime quem nunca a teve)... talvez quando estivermos muito esclerosados o façamos por descuido próprio da doença, mas nunca de forma deliberada, fomos além das marcas... mesmo que só por um segundo... um breve segundo diluído neste marasmo em que a vida se parece tornar, em que nos sufoca, rebaixa... vida onde outrora saltámos, voámos além dos limites...
Mas agora, inevitavelmente, estamos a voltar com os pés ao chão, e sentimos o peso das coisas, e talvez nunca mais os voltemos a tirar de lá... do chão... cravados pela inércia... pelo peso da própria vida... é possível que para sempre... mas ao menos voámos, nem que por um segundo... o breve segundo mais feliz das nossas vidas… obrigado!
Quando temos todo o tempo do mundo não o usamos para nada...
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