e num qualquer rádio a pilhas se sintoniza:
"... o céu hoje encontra-se cinzento e nublado na zona das terras altas, mais propriamente sobre a cabeça, com alguma precipitação na zona dos olhos, espera-se agravamento das condições atmosféricas para o final da noite, com melhoria geral quando raiar o novo dia, a seguir na emissão, trânsito..."
e fez-se silêncio, terá o mundo acabado ou foram as pilhas... os dois talvez... digo eu
Ontem disseram-me
- é mentira porque ninguém me disse, fui eu que pensei, apenas comecei assim porque ficava melhor -
que “mais que fazer, é preciso convencer” e que “mais que decidir é preciso acreditar”…
É provável que isto soe a Filosofia barata de última página de um pasquim qualquer, que pareça pretensioso pensar isto quando tanta gente, ou todos, já o fazemos, mas este pensamento bacoco a laia de Lapalice apenas serve como pretexto, para dizer outra banalidade:
- que nunca estamos satisfeitos com o que temos...
Embora seja uma verdade (indiscutível !? ) nós fazemos sempre por não olhar de frente para o que temos, mas sim de soslaio para o que não é nosso. Exemplo, podemos ter estantes cheias de livros - e pó - em casa, mas damos sempre um olhar fortuito no jornal gratuito do companheiro de viagem que vai ao nosso lado no comboio, pelo menos até este olhar para nós com cara de:
"F#$%@#”, quer dizer, existem pilhas de jornais destes para trazer, existem gajos que distribuem este esterco chamado de jornal á mão das pessoas e tu ainda me vens numa de 007, queres mais o quê ? Que leia em voz alta ?"
Alguém disse um dia, numa altura e sítio qualquer, que isso se deve á competição e á imensurável capacidade humana do que os Marketeers tanto gostam de vincar nos seus currículos que dá pelo nome de “ambição”, pois bem, é provável, queremos sempre o melhor, queremos sempre mais, somos assim, eternamente invejosos, curiosos e egoístas, eternamente perversos, eternamente pequenos Deuses do nosso Olimpo, mesmo que ele seja um pequeno T1 no pior bairro da periferia... Enfim, somos Humanos, podíamos ser Delfins, mas pelo menos não somos Iran Costa… eu por mim, não me importava de ser eternamente Nel Monteiro…
Digo eu…
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